Tipos de Câncer

Imagem Tipos de Câncer

Câncer de mama

O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres (excluindo os tumores de pele não-melanoma) e afeta 1 a cada 6 mulheres ao longo da vida. Ainda que muito mais raramente pode também ocorrer em homens.

Quais os fatores de risco?

Existem alguns fatores que aumentam o risco de câncer de mama, como obesidade, sedentarismo, alcoolismo, terapia de reposição hormonal prolongada ou não ter amamentado. Entretanto, como é um tipo de câncer muito frequente, infelizmente pode acontecer também em mulheres sem nenhum fator de risco evidente e com estilo de vida saudável.

Quais os subtipos de câncer de mama?

“Câncer de mama” é um nome único que representa doenças com graus de agressividade e curabilidade muito diferentes.

O câncer de mama se subdivide em diversos subtipos. Os principais exames para entender com qual subtipo de câncer de mama estamos lidando são o anatomopatológico e o imuno-histoquímico.

Cada subtipo possui características diferentes quando à agressividade e à resposta aos diversos medicamentos disponíveis para tratamento de câncer. As principais análises realizadas no câncer de mama são:

  1. RE (receptor de estrógeno): avalia qual porcentagem das células do tumor possuem receptores para o hormônio feminino estrógeno e, por esse motivo, têm seu crescimento estimulado pelo estrógeno;
  2. RP (receptor de progesterona): avalia qual porcentagem das células do tumor possuem receptores para o hormônio feminino progesterona e, por esse motivo, têm seu crescimento estimulado pela progesterona;
  3. HER2: avalia quanto das células do tumor possuem essa molécula expressa em sua membrana. O resultado varia de 0 a 3. O valor 0 significa negativo (sem expressão). O valor 1 significa expressão baixa. O valor 3 significa expressão positiva. O valor 2 significa expressão indeterminada e nesse caso é necessário fazer um exame adicional no material da biópsia, por outra técnica chamada hibridização in situ (FISH ou CISH), para determinar se a expressão é positiva ou baixa;
  4. Ki67: é um marcador de divisão celular e é utilizado para estimar o número de células tumorais que estão em atividade (em porcentagem).

Essas análises são o primeiro passo para guiar o oncologista e o mastologista em relação ao tratamento.

O segundo passo é o estadiamento, ou seja, através de exames de imagem que o oncologista irá indicar de forma individualizada (dependendo de cada caso: cintilografia óssea, tomografias, PET scan) saberemos a extensão da doença: se compromete apenas a mama (doença inicial), se compromete algum gânglio (linfonodo) na axila ou se há metástases (lesões em outros órgãos, tais como fígado, pulmões e ossos).

Com todos esses dados em mão, será possível traçar um plano de tratamento personalizado para cada paciente.

Quais os tratamentos para câncer de mama?

Os tratamentos do câncer de mama mudaram muito ao longo dos anos, com o surgimento de novos medicamentos e de técnicas cirúrgicas menos agressivas.

O tratamento do câncer de mama envolve basicamente três especialistas:

  1. O mastologista, que é o cirurgião;
  2. O oncologista clínico, que de forma individualizada, caso a caso, avaliará a necessidade e prescreverá quimioterapia, imunoterapia, hormonioterapia ou terapias alvo-específicas;
  3. O radio-oncologista, que avaliará a necessidade ou não de radioterapia.

É muito importante que os três especialistas trabalhem juntos para definir o melhor tratamento e o tempo certo de cada tratamento: há casos em que o melhor é fazer quimioterapia antes da cirurgia, em outros a cirurgia vem primeiro, em outros apenas a cirurgia basta e em outros não há indicação cirúrgica, apenas de tratamento medicamentoso.

Os medicamentos mais comuns que utilizamos são:

  1. A quimioterapia, que são medicamentos que atacam diretamente as células do tumor. Em geral são medicamentos mais antigos, mas ainda desempenham papel muito importante no tratamento do câncer.
  2. A imunoterapia, que são medicamentos que estimulam o sistema de defesa do próprio paciente a atacar as células do tumor, ajudando-o a identificar quais células estão doentes.
  3. A hormonioterapia, que é o uso de medicamentos que impedem que os hormônios femininos estimulem o crescimento do tumor e estão indicados quando o tumor possui receptores para hormônios femininos.
  4. Terapias alvo-específicas, que combatem o tumor agindo diretamente em determinadas mutações ou em determinadas moléculas que a célula do tumor possui.

O câncer de mama é genético?

Para uma célula normal da mama se tornar cancerígena é necessário que ocorram mutações nos genes da célula. Algumas dessa mutações podem ser herdadas, ou seja, os genes já vieram alterados do pai ou da mãe. Estima-se que mutações herdadas estejam envolvidas em 10% dos casos de câncer de mama, sendo que em alguns casos, dependendo da idade da paciente e do subtipo de câncer de mama, essa proporção pode ser maior.

O oncologista clínico ou um geneticista, na consulta, poderá determinar a indicação ou não de pesquisar a existência de mutações herdadas através de “painéis de mutação hereditária”. Em geral, esses painéis são realizados a partir de amostra de sangue ou saliva.

Nas pacientes com indicação de realizar o exame, a identificação de uma mutação herdada pode influenciar no seu tratamento (por exemplo, mudando o tipo de cirurgia ou abrindo a possibilidade de uso de novos medicamentos) e no acompanhamento médico de seus familiares. Havendo um resultado positivo para mutação herdada, parentes consanguíneos poderão ser orientados a realizar painéis de mutação e, caso também possuam a mutação, serão acompanhados de forma mais intensiva (exames mais precoces ou diferentes, como ressonância de mama em substituição à mamografia), evitando que venham a ter câncer ou descobrindo-o de forma precoce e com maior chance de cura.

Câncer de Testículo

Câncer de testículo é comum?

Apesar de pouco frequente, o câncer de testículo é a neoplasia maligna mais comum entre homens de 15 a 35 anos, apresentando também um segundo pico de incidência (menor) por volta dos 60 anos.

Câncer de testículo é curável?

Câncer de testículo possui altas chances de cura quando tratado adequadamente, inclusive em casos em que já ao diagnóstico há metástases (ou seja, o câncer atingiu outros órgãos).

Quais os principais fatores de risco para câncer de testículo?

Criptorquidia (testículo localizado fora da bolsa escrotal, presente na região inguinal ou intra-abdominal) e história familiar de câncer de testículo são os principais fatores de risco, com risco 4 a 10 vezes maior em relação à população geral para o aparecimento de câncer de testículo. Quanto antes for realizada a correção cirúrgica da criptorquidia, preferencialmente antes da puberdade, menor o risco de câncer de testículo.

Quais os principais sintomas do câncer de testículo?

A presença de uma massa testicular é o principal sintoma. Pode ser indolor ou doloroso. Na presença de dor, existem alguns diagnósticos diferenciais, como orquite e epididimite, que são infecções e que melhoram com antibioticoterapia. Na suspeita de câncer, deve-se realizar uma ultrassonografia escrotal.

Qual o tratamento do câncer de testículo?

Havendo uma lesão suspeita em testículo, o cirurgião urologista realiza a orquiectomia inguinal, que consiste na cirurgia de retirada do testículo (onde está a lesão suspeita) e do cordão espermático.

Na suspeita de câncer não se faz biópsia do testículo antes da cirurgia, pelo risco de disseminação da doença para os gânglios linfáticos.

É importante, antes da cirurgia, dosar alguns marcadores no sangue (alfafetoproteína, beta-HCG e DHL), que podem influenciar no tratamento e no acompanhamento após a cirurgia.

Em alguns casos, pode ser necessário fazer quimioterapia ou radioterapia após a cirurgia.

Essa necessidade será avaliada, caso a caso, pelo médico oncologista, baseado no resultado do anatomopatológico e do imunohistoquímico e no resultado dos exames de imagem que serão realizados para avaliar se há metástases.

Tumores urológicos

  • próstata
  • bexiga
  • rim
  • pênis

Tumores gastrointestinais

  • esôfago
  • estômago
  • cólon e reto
  • ânus

Tumores ginecológicos

  • ovário
  • endométrio
  • colo de útero

Pulmão

Tumores de cabeça e pescoço

Tumores do sistema nervoso central

Tumores raros

  • melanoma
  • sarcomas
  • outros

Dr. Gustavo Piotto
Oncologia Clínica | CRM 134918 | RQE 73655

Graduação em Medicina na Universidade de São Paulo (Medicina Pinheiros) em 2008.

Residência Médica em Clínica Médica no Hospital das Clínicas (USP).

Residência Médica em Oncologia Clínica no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

Imagem Dr. Gustavo Piotto

Hospital Santa Paula
Instituto de Oncologia

Avenida Santo Amaro, 2382
Vila Olímpia - São Paulo, SP

Icone telefone 11 4020 0057

Hospital Leforte
Morumbi

Rua dos Três Irmãos, 121
Morumbi, São Paulo, SP

Icone telefone 11 4020 0057

Hospital Leforte
Liberdade

Rua da Glória, 676
Liberdade, São Paulo, SP

Icone telefone 11 4020 0057

Agende uma consulta